quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gama-hidroxibutirato – GHB - Efeitos tóxicos ou adquiridos no SNC


É um ácido graxo de cadeia curta, presente naturalmente no SNC de mamíferos. Apresenta estrutura química semelhante ao ácido gama-aminobutírico (GABA), com possível efeito neurotransmissor ou neuromodulador inibitório.Tem função relacionada ao sistema GABA, pois GHB é um metabólito do GABA, tem ação depressora do SNC semelhante aos sedativos/hipnóticos como barbitúricos e benzodiazepínicos.O GHB está presente em altas concentrações no SNC, principalmente: hipocampo, gânglio basal, hipotálamo e substância nigra com sistemas presente para síntese, recaptação vesicular e armazenamento no terminal sináptico.GABA é metabolizado por GABA aminotransferase em GHB. O GHB é liberado de neurônios pré-sinápticos em processo dependente de cálcio. GHB liga-se de modo reversível a receptores específicos: “receptores GHB”, os quais são encontrados exclusivamente no SNC. Também tem uma fraca propriedade agonista nos receptores GABA B no cérebro, mas não interage com GABA A
O GHB é considerado perigoso, uma vez que os efeitos por ingestão oral estão sujeitos a variabilidade intra e interindividual. Os efeitos adversos descritos de seguida foram encontrados em investigações experimentais e em casos de intoxicações. O GHB afecta principalmente o SNC, o sistema cardiovascular e o sistema respiratório, mas não tem efeitos tóxicos para os rins e o fígado.
EFEITOS TÓXICOS no Sistema Nervoso Central: Euforia, amnésia/hipotonia, redução da ansiedade, Relaxamento, aumento da libido, Sonolência, vertigens e enxaquecas são freqüentemente descritas, tanto em casos experimentais como em casos de toxicidade são efeitos similares ao álcool. Efeito anabólico (promotor do crescimento muscular)O uso está associado ao estupro, pois a vítima tem dificuldade para resistir a agressão devido à intoxicação. Problemas de memória e o fato da dificuldade de detecção da droga (máximo 12 horas) complicam o registro e a confiabilidade dos relatos das vítimas.
O coma induzido por GHB aparece rapidamente após ingestão, seguido de rápida e aparente recuperação total. Na maior parte dos casos de intoxicação, a consciência é recuperada após 6-7 horas. Uma das características que distingue a intoxicação por GHB é a rápida recuperação, o que pode levar a uma falsa sensação de segurança no seu uso. Psicopatologia Sob a influência do GHB, alguns indivíduos tornam-se hostis, agressivos e agitados. Estes perdem a consciência e ficam extremamente agressivos quando estimulados, apesar da profunda depressão respiratória. Num menor número de indivíduos têm sido registradas complicações psiquiátricas, como delírio, paranóia, depressão e alucinações.
Fonte:
Nicholson et al, Aspectos Gerais e Histórico do Gama-hidroxibutirato – GHB Hidroxibutirato de sódio, Oxibutirato de sódio, VIVAVOZ, 2001; Fonte: SISP 2006.
www.ff.up.pt/toxicologia/monografias
Postado por: Pedro Gustavo e Sabrina Ellen Biomedicina - 221.5

Distúrbios Metabólicos Tóxicos e Adquiridos



A amônia é uma molécula envolvida em várias situações metabólicas. Dependendo do pH pode se apresentar como íon (NH4+) ou como gás (NH3). Em qualquer dessas formas a amônia tem livre transito através de membranas celulares e pode ser produto e substrato de diversas reações enzimáticas nas células do SNC. Grandes quantidades de amônia entram no organismo a partir veia porta vindo do sistema gastro-intestinal, contudo, a concentração desta molécula se mantém baixa (50-100 mM) em virtude de um eficiente mecanismo hepático de remoção. Falhas neste mecanismo sejam por desordens no sistema metabólico, sejam por lesão hepática, resultará em hiperamonemia e conseqüentemente em uma série de sintomas neuro-psiquiátricos
A hiperamonemia ter origem congênita ou adquirida. Em sua forma congênita está normalmente relacionada à falhas no ciclo da uréia, mas marcadamente na ornitina transcarbamilase (OTC ou ornitina carbamoil transferase, E.C. 2.1.3.3) responsável pela etapa de conversão de ornitina em citrulina. Já a hiperamonemia adquirida está relacionada à falência hepática provocada por ingestão de toxinas (inclusive etanol), infecções virais ou doenças auto-imunes.
Podemos ainda classificar a hiperamonemia em aguda, geralmente associada à rápida morte de pacientes ou animais, e crônica moderada, associada a alterações na função cerebral (alterações no ciclo sono/vigília, coordenação neuromuscular, cognição, etc.)
Exercícios até exaustão também podem levar a aumentos na concentração de amônia no córtex, cerebelo e striatum de encéfalos de ratos.
Metabolismo de amônia no SNC (Lançadeira Glutamato/Glutamina)
O metabolismo de amônia no SNC está diretamente ligado ao ciclo glutamina/glutamato, essencial para os neurônios glutamatérgicos. Este ciclo envolve a síntese de glutamato no terminal pré-sináptico pela reação de desaminação oxidativa catalisada peta glutamato desidrogenase (GDH, EC. 3.5.1.2), glutamato este liberado na fenda sináptica para transmissão do impulso nervoso.
A captação do glutamato se dá principalmente pelos astrócitos através de transportadores, assim que é captado é convertido a glutamina pela glutamina sintetase (GS) e liberado para o interstício e re-captado pelo neurônio pré-sináptico.
Integração metabólica no SNC:

O glutamato liberado na fenda sináptica é captado principalmente pelos astrócitos e convertido em glutamina pela GS. A glutamina é exportada para o neurônio que a reconverte em glutamato. Praticamente todo o pool de glutamato no SNC é sintetizado a partir do a-cetoglutarato do ciclo do ácido tricarboxilico produzidos no próprio SNC.


Praticamente todo o pool de glutamato/glutamina em adultos é gerado no próprio SNC, já que estes aminoácidos têm passagem dificultada na barreira hemato-encefálica.
A atividade da GS é fundamental não só para o controle da concentração de amônia como também para manutenção da concentração de glutamato intersticial, prevenindo assim a excitotoxidade. A captação da amônia pelo SNC é inversamente proporcional ao fluxo sanguíneo, já que a menor velocidade de fluxo induz mais tempo de contato entre as moléculas de amônia e a barreira hemato-encefálica.
Hiperamonemia
A hiperamonemia causa diversos efeitos na função e atividade das células do SNC.
O metabolismo energético no SNC é alterado de forma significativa, fato que pode ser observado em parte pelo aumento na produção de lactato neste tecido quando submetido a concentrações elevadas de amônia. É marcante também uma maior atividade da fosfofrutoquinase (PFK) e dos transportadores de glicose (GLUT-1). Estes dados sugerem um aumento na atividade glicolítica dos neurônios e quanto maior a concentração de amônia menor é a capacidade dos neurônios em gerar energia. São propostos dois mecanismos para explicar a diminuição na produção de ATP: (a) inibição do ciclo do ácido tricarboxílico (TCA) e (b) mecanismos envolvendo os receptores NMDA. O aumento da produção de lactato, não permitindo que o piruvato produzido seja conduzido ao TCA, e a inibição da atividade da a-cetoglutarato desidrogenase (aKGDH) reforça a primeira hipótese (COOPER, 2001; FELIPO e BUTTERWORTH, 2002b). Já a segunda hipótese é evidenciada pelo aumento na atividade da bomba Na+K+ATPase provocado pelo desequilíbrio iônico causado pela hiperatividade dos receptores NMDA que funcionam como canais de Ca+2, este aumento na atividade da bomba geraria uma depleção do ATP.
A exposição dos astrócitos a hiperamonemia provoca modificações morfológicas neste tipo de célula. É comum observar inchamento (swelling) que acarretará numa herniação causando aumento da pressão intracraniana. Além disso, várias proteínas responsáveis pelas funções dos astrócitos são diretamente e indiretamente afetadas pela hiperamonemia. A glial fibrillarly acidic protein (GFPA) é a principal constituinte dos filamentos intermediários do citoesqueleto dos astrócitos, e tanto o respectivo mRNA quanto à própria proteína são produzidas em menor quantidade nas células expostas a concentrações elevadas de amônia, facilitando assim a desestruturação da célula.


Fontes:

Robbins, Patologia Básica 8ª Ed, Rio de Janeiro; Elsevier, 2008.

Marco Machado Exercício, amônia e sistema nervoso central Envolvimento dos receptores NMDA; Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 89 - Octubre de 2005
Postado por: Pedro Gustavo e Sabrina Ellen. Biomedicina - 221.

terça-feira, 20 de abril de 2010

ENCEFALOMIELITE DISSEMINADA AGUDA

A ADEM é a doença desmielinizante do Sistema Nervoso Central (SNC), monofásica, na qual é precedida em grande parte por uma infecção viral ou bacteriana, a maioria por infecções não específicas do trato respiratório. ~ A apresentação clínica é de confusão, e crises convulsivas, cefaléia e febre. Pode ocorrer ataxia. O envolvimento da medula espinhal pode levar a paraplegia ou tetraplegia. Os vírus mais comuns implicados sºao os do sarampo, da rubéola da varíola e da varicela. É vista, ocasionalmente, de3pois da vacinação ou de infecções respiratórias não descritivas.

Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 6, n. 2, p. 53-56, 2004


Postado por Patrícia ,Ticila, Paulo

domingo, 4 de abril de 2010

DOENÇA DE ALZHEIMER


A característica mais comum dessa doença é uma deterioração intelectual profunda, pertubando progressivamente a mémoria, a capacidade de aprender e falar. É uma causa de demência senil. Manifesta-se por volta dos cinquenta anos. A expectativa de vida de pessoas que possui essa patologia é entre cinco e dez anos, mas já existem dados que comprovem que muitos pacientes sobrevivem quinze anos ou mais.
Vale ressaltar, que atrvés do alzheimer ocorrem alterações em diversos grupos de neurônios do cortex-cerebral e é considerada uma patologia hereditária. Não existe prevenção para essa doença, apenas um tratamento médico-psicológico intenso envolvendo também a família e a organização de uma assistência médico-social diversificada, pois só assim é possível retardar a evolução da doença. O primeiro remédio contra a patologia foi (tetrahidro-amina-acrine) ou tacrine.

FONTE:www.notapositiva.com
EQUIPE:
MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINE
TALYTA RÚBIA
KADDYJA MARIA

EPILEPSIA


É considerada uma desordem cerebral na qual os neurônios algumas vezes sinalizam de forma incorreta. foi constatado que o padrão normal da atividade neural fica pertubado. Algumas vezes, aparecem sintomas como espasmos musculares,convulsões e perda de consciência.
Assim sendo, observa-se na epilepsia o desenvolvimento anormal da eletricidade no cérebro, desequilíbrios nos neurotransmissores ou alguma combinação desses fatores. Os principais testes diagnósticos comuns para detectar epilepsia são eletroencefalograma e tomografia do cérebro. Os ataques são controlados com medicamentos modernos e técnicas cirúrgicas.

FONTE: www.copacabanarunners.net
EQUIPE:
MARIA ALCIENE
SOCORRO ALINE
TALYTA RÚBIA
KADDYJA MARIA