Já os tumores neuroectodérmicos (gliomas) apresentam crescimento infiltrativo, ausência de limites nítidos e de cápsula. Mesmo quando macroscopicamente parecem delimitados, mostram infiltração no exame histopatológico. Isto torna difícil a excisão cirúrgica completa.
DISSEMINAÇÃO LIQUÓRICA
Os meduloblastomas têm tendência a disseminar pelo líquor para as leptomeninges, inclusive espinais. Por isso, nestes casos, o tratamento deve incluir, além da retirada cirúrgica, radioterapia de todo neuroeixo. Os glioblastomas também podem apresentar disseminação meníngea, mas esta não ocorre nos meningiomas.
METÁSTASES PARA FORA DO SNC
Os tumores do SNC, mesmo os mais malignos, não dão metástases fora da cavidade craniana e do canal espinal. Isto vale mesmo para o glioblastoma e o meduloblastoma, que contam entre os tumores mais malignos do corpo. Nos raríssimos casos em que ocorreram metástases extracranianas, o paciente havia sido submetido a craniotomia, criando-se portanto uma via artificial de saída.
BENIGNIDADE VS MALIGNIDADE
No SNC, tumores citologicamente benignos e de crescimento apenas expansivo podem ter mau prognóstico por causa da localização. P. ex., astrocitomas do tálamo, embora de crescimento lento, não podem ser retirados completamente devido à proximidade de estruturas vitais (hipotálamo, tronco cerebral). Mesmo os meningiomas e schwannomas podem acarretar grande risco cirúrgico por causa da localização (p.ex., base do crânio, ângulo ponto-cerebelar), volume (até o de uma laranja para os meningiomas) e idade dos pacientes, freqüentemente idosos.
Devido a estes fatores complicantes, os termos benigno e maligno, tratando-se de tumores do SNC, devem ser empregados com cautela.
POSTADO POR: MARIA ALBERTINA DEODATO DE BRITO EM 28/03/2010 ÀS 17:50
REFERENCIA: http://anatpat.unicamp.br/taneutumor.html
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